quinta-feira, 6 de maio de 2021

Somos Frutos.

Somos frutos. Frutos de vidas.
E como frutos levamos tempo para amadurecer. Uns menos, uns mais.
E há quem diga que concluímos a vida sem a maturidade total. E eu acredito.
Somos tão ingênuos, ou ignorantes, quando pensamos saber mais( no sentido diminuto) que o outro.
Saberes são diferentes.


Aline Frota.

 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Somos Estações.

Esteja presente nas suas alegrias, tristezas, nos seus ressentimentos, com uma postura construtiva em relação a essas emoções. Quanto mais nos pegarmos presentes em nossos medos, nos sentiremos capazes de vivenciar o que tanto "pregamos" como "felicidade da alma".
De que forma nossas emoções nos tornam uma pessoa melhor? O que temos a aprender em cada sentir?
Sentir, profundamente, já foi meu abismo. Hoje me faz inteira.
Independente de se ter brilho nos olhos ou não, a despeito das pessoas me considerarem uma pessoa mega alegre e harmoniosa, eu não invalido mais, e nem posso, nenhuma questão do meu passado. Seja ele recente ou não.
Honre as suas experiências do passado, com a tranquilidade de saber que elas morreram, não existem mais. A pessoa que você é HOJE, é uma pessoa totalmente nova.
Não precisamos estar sempre bem para estar no caminho do Bem. Não precisa estar 100% animado(a) com sua vida, para estar tendo uma vida boa.
Não existe um verão eterno. Somos e a vida é, estações.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Enlaçados



Em meio as minhas lágrimas da dor que é viver, me acostumei com dias de sorriso exposto em meu rosto por ter você ao meu lado. Descobri o quanto é bom viver distante da saudade e da solidão. Mas você se foi, ou melhor, você não foi. Está vivo em mim e em tudo que tocastes com tua vida aqui. Puxaram-lhe fisicamente de mim, mas somos mais firmes que qualquer corrente, porque não doemos em nós que machucam, somos enlaçados por amor.
Sempre o nosso amor vai te buscar e por mais uma vez poderei repetir esse texto, com o palpitar de um coração amável e amado.

Aline Frota.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Dor de não caber...

 Sentir ou não sentir, já não me basta. Não é o que espero tampouco o necessário. O que me bastaria era caber. Caber em mim mesma e não possuir pedaços imensos e fortes cabendo em outros.
É sim necessário vivermos e vivenciarmos com nós mesmos e com os outros. Porém, se já nos coubéssemos em nós mesmos e só nos multiplicarmos em outras vidas, outras almas, seria o correto, o seguro.
O medo já fez parte dos meus dias, mas deu lugar, lugar até bastante vasto, a vergonha. Não fiz, não vivi, não falei nada indecente, inescrupuloso, contudo os meus pedaços doados aos outros foram, sem minha permissão, triturados, mastigados. E então, porque a vergonha, se não fui eu?  Porque quem mais poderia ter cuidado de mim, não cuidou. Eu mesma.
Entreguei-me ao sacrifício, como cobaia a testes desumanos, para outros humanos se satisfazerem, para se auto afirmarem e afirmarem a terceiros o que nem eles mesmos, embora suas grandiosidades, conseguiriam ser e construir em si.
Se “catar”. Já ouvi muito essa expressão, obviamente que em outros sentidos, mas hoje estou tentando a duras dores e poucas forças, me catar. Catar por aí, pelo mundo, pelos cantos zombados, por pensamentos alheios, nas indecências, catar meus pedaços. Acredito até que não sejam mais pedaços, e sim, fragmentos, cacos, farelos deixados por seres que se alegraram, viveram, se amaram, se poetizaram, cantaram...com uma vida que não era deles, até porque, para talvez precisarem agir dessa forma, eles não tenham vida. Tão somente, diminutamente, existam no mundo, sem sequer  terem a capacidade de fazer parte dele. Mas perdoo. Perdoo por não conseguirem ser nada além de pequenez no vazio.
Preciso caber inteiramente em mim mesma, para suportar a vida.

Aline Frota.

terça-feira, 2 de abril de 2013

De verdade...




Sou clara de alma. Não sou de meias verdades, mas de verdades inteiras, diretas. Mas com cuidado no íntimo do outro. Sou intensa, mas não de radicalismos, e sim de entregas. Sou nata, nata dos meus pais, dos valores que escolhi como princípios. 
Não preciso culpar o sistema, as pessoas, o capitalismo, a burguesia, o mundo, por eu não ser o que finjo e na verdade nem consigo ou gostaria de ser.
Eu escolhi ser CHEIA. Cheia de vida, de amigos, de família, de acertos e mais ainda de erros, cheia de mim. Cheia de verdades claras, percebidas em minha alma, em cada sorriso, cada antipatia, nas minhas roupas, nas minhas havaianas.
Sou de verdade e não um discurso bonito, intelectualizado, tido como diferenciado, de mentiras que nem eu mesma consigo dar sentido e vida.
Escolhi ser cheia, porque de vazia, já bastam as mentiras propagadas.
Não quero ser A melhor, afinal, tem coisa mais sem graça? Quero estar no caminho, aprendendo, acertando, errando e me divertindo, com sorriso na alma, porque o sorriso físico, é pouco pra mim.

Aline Frota.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

_____________Fé_____________



Podemos não saber ao certo em que, mas temos fé em algo...
Muitas pessoas dizem ter pouca fé, ou acham que tem muita. Desde pequenos somos ensinados a ter fé em Deus, e isso é maravilhoso, independente da forma como se creia. Mas não recordo de alguém ter me falado que preciso ter fé em mim mesma, afinal se cremos em Deus e somos filhos dele, somos obras divinas e devemos regar a nossa sementinha própria da fé diuturnamente.
Esqueceram de contar-me que para eu me amar e acreditar na força desse amor, seria preciso exercitar a fé em mim mesma e aí sim, construir minha própria história. E mesmo que essa fé possa vir a diminuir por alguma razão, já que sou humana e passível de erros, a história é minha e só eu tenho o direito e a capacidade de escrevê-la e/ou modificá-la quantas vezes sentir necessidade.
E aí é questionável dizer que se tem fé em Deus, porém  não conseguimos acreditar em nós mesmos, que somos sua maior obra. Como podemos olhar para o céu e em oração pedir alguma coisa, se nem ao menos agradecemos a maravilha de estarmos vivos? É controverso ter fé no Criador e não crer na sua criação.
Se sente triste, desanimado, sem forças para continuar, que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu assim, e se isso te acalenta, sim, porque é incrível como nossa dor diminui quando percebemos que outras pessoas também sofrem pelo mesmo mal que está nos fazendo sofrer. Problemas todos nós temos, mas o que é um problema que não uma espécie de equação que precisa ser resolvida? Nas equações da vida, algumas mais, e outras menos complicadas, a crença em si mesmo, na sua capacidade de superação e crescimento como ser humano é a fé ditando todas as fórmulas necessárias para resolver qualquer uma delas. Mas sem fé, vai continuar perdido.
Por que teimamos em ter fé na capacidade dos outros e quando é para nós realizarmos, o primeiro pensamento é que não iremos conseguir? Sem acreditar na sua potencialidade é impossível realizar sonhos, porque é preciso combustível para manter a chama acesa quando quiserem te fazer acreditar que você é pequeno demais pra realizá-los. E se dizem isso é porque com certeza por algum momento esta pessoa temeu ser superada por você, por mais que seja por um simples sorriso ou um pedido de desculpas.
Então, regue a sementinha da fé que existe dentro de você e que está desejando brotar e se tornar uma árvore frondosa que lhe dará abrigo nos dias em que o sol escaldante arder a sua alma.
Ter fé em você mesmo é acreditar que as lágrimas de momentos difíceis, podem lhe trazer tantas outras de alegria e paz.
Tenhamos FÉ!

Aline Frota

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Emprestando a alma à moldes disformes


Julgamos tanto saber nossos limites e acabamos em abismos que só nos provam que os mesmos são e serão 'limitados' se não formos capazes de arriscar o tão aterrorizante IMPOSSÍVEL dos nossos desejos mais silenciados.

Quero essa audácia diária, essa falta de fôlego, essa compulsão por me questionar quanto aos julgamentos externos e internos.Não me importarei com o que dizem ser a questão existencial de se limitar apenas ao "Quem sou".Não!Se o nosso existencial se dá apenas por essa resposta,então pra que continuar a existir?

Eu quero mais, eu quero além dos limites e regras dadas e dotadas de respostas vazias, eu já não me interesso em saber quem sou,mas me dá muito mais ânsia de saber "Quem posso ser".

O diferente é que nos mostra a verdade, seja ela do correto ou do errado,afinal a minha verdade só pode ser dada por mim.Os outros apenas podem orientar segundo o que são verdades ou não pra eles,mas se eu nunca procurar o molde que eu me encontre em cada questionamento e visão de tudo,o máximo que posso e podemos continuar a ser será...marionetes de moldes já prontos e sequer testados.

Aline Frota